quinta-feira, 23 de julho de 2009

Livros Sagrados

O facto de algo estar escrito não o faz mais verdade. Isto aplica-se à Bíblia, ao Alcorão, e outros livros sagrados. Tentar provar que os deuses dos livros sagrados existem usando os mesmos livros como argumento é um raciocínio circular e carece de lógica. Por isso não serve de prova nenhuma. As pessoas que acreditam nos deuses de um livro, normalmente não acreditam nos deuses dos outros livros, o que as faz ateus em relação aos outros deuses. Como disse Richard Dawkins, "todos somos ateus em relação à grande maioria dos deuses. Porque não ser ateu em relação a mais um?"

quinta-feira, 16 de julho de 2009

É preciso ter fé!

Ninguém sabe se é possível existirem deuses. O facto de conseguirmos imaginar algo, não significa que isso seja possível. Podemos imaginar-nos a atravessar uma parede sólida, mas não é por isso que o vamos conseguir fazer. Por isso, o facto de conseguirmos imaginar um deus, não significa que ele possa existir. Por não haver provas para a existência de nenhum deus, qualquer pessoa que diga acreditar em deus tem de fazer alguns saltos de fé, nenhum deles implicando outro, e por isso independentes. Têm de acreditar:
a) na existência de um reino sobrenatural;
b) que existam seres a habitar esse reino;
c) que esses seres tenham consciência;
d) que pelo menos algum desses seres é eterno;
e) que esse ser seja capaz de criar algo a partir do nada;
f) que esse ser seja capaz de interferir com o nosso universo, depois dele criado (milagres);
g) que esse ser seja omnisciente;
h) que esse ser seja omnipotente;
i) que esse ser seja omnipresente;
j) que esse ser seja cheio de amor.

Dependendo do deus em que se acredita, podem ser adicionadas mais algumas linhas. É por isso preciso ter muita fé para acreditar em qualquer deus.

O deus-das-lacunas

Quase todas as "provas" para a existência de deuses baseiam-se, pelo menos em parte, no argumento do deus-das-lacunas. Segundo este argumento, se não sabemos a resposta para algo, então "foi obra de deus". Não são precisas qualquer tipo de provas. Mas dizer que "foi obra de deus" será mesmo uma resposta? Vejamos: nós não sabemos de que são compostos os deuses, quais os seus atributos, não sabemos quantos existem, nem onde estão. Não sabemos onde é que eles estão, nem de onde é que vieram, ou como é possível que existam desde sempre. Não sabemos que mecanismos é que eles usam para criar ou mudar qualquer coisa, não sabemos o que é o sobrenatural, nem como é que interage com o mundo natural. Por outras palavras, não sabemos nada sobre os deuses, por isso dizer que "foi obra de deus" é responder a uma pergunta com outra pergunta. Não oferece qualquer informação, apenas torna a questão inicial ainda mais complexa. O argumento do deus-das-lacunas diz que nós, não só não temos hoje uma resposta naturalista, como nunca iremos descobrir uma razão naturalista, porque ela não existe. Por isso, para rebater o argumento do deus-das-lacunas, basta mostrar que existe uma razão naturalista possível. Por exemplo: Ao abrirmos a porta de uma sala, vemos um gato a dormir num canto. Fechamos a porta, e quando a voltámos a abrir, 5 minutos depois, o gato está a dormir no outro lado da sala. Alguém diz: "Foi obra de deus. Deus levitou o gato até ao outro canto da sala", (não apresentando qualquer prova). Outra pessoa diz: "É possível que o gato tenha acordado, e depois de caminhar até ao outro canto da sala tenha voltado a adormecer". Embora nenhum dos dois possa afirmar saber o que se passou, o argumento do deus-das-lacunas é pouco plausível, pois existe uma explicação natural possível. Num exemplo mais real, lembremos que os nossos antepassados não sabiam de onde vinha a chuva, ou os trovões. A sua falta de uma explicação levou-os a acreditar que eram obra de um deus, que se mostrava benevolente ou chateado conforme as acções do povo. Depois a ciência entrou em cena, e demonstrou como se forma a chuva e como se produzem os trovões, e por isso o argumento do deus-das-lacunas foi mais uma vez desacreditado.

sábado, 11 de julho de 2009

Vaticano critica compra de Cristiano Ronaldo!

Eu também acho mal! Tanta pobreza no mundo e pessoas a gastar quase 100.000.000€ na compra de um jogador... É triste. Mas... se há alguém que não pode falar muito é a Igreja: só na nova igreja do Santuário de Fátima gastaram 80.000.000€... Não chegava para comprar o Ronaldo, mas quase! E também se matava a fome a muita gente com esse dinheiro.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Morrer aos 15 anos...

Ava Worthington tinha 15 anos, morreu a 2 de Março de 2008 em Oregon nos EUA de pneumonia, uma infecção e outras causas. Se até ao dia em que morreu tivesse sido tratada por um médico, ainda estaria viva. Esteve em casa vários dias sem cuidados médicos acompanhada pelos pais e por várias dezenas de membros da Igreja dos Seguidores de Cristo, que a estavam a tratar pela fé... Porque não a levaram ao médico? Segundo o pai: "Nós não acreditámos em médicos". Quando perguntaram à mãe se ela soubesse que a filha estava a morrer a tinha levado ao médico, ela respondeu: "Não sei..."!!!

Mas que raio?... Estará tudo a ficar tolo?