quinta-feira, 28 de maio de 2009

Indocrinar...

Durante os últimos meses tenho tropeçado na palavra indocrinar, referindo-se à educação religiosa. Mas afinal, o que significa indocrinar? No contexto em que se encontrava, eu simplesmente a substituía por educar, e tudo fazia sentido, mas deve haver uma diferença. A melhor definição que encontrei está na revista Ribalta N.14 de 2008, pág. 53, escrito pelo doutor Óscar Chiva Bartoll (professor no IES Francesc Tàrrega de Vila-real) e pela doutora Mónica Esteve Sancho (professora no IES Francesc Ribalta). Aqui fica uma tentativa de tradução...

"O que distingue educação de indocrinação é o objectivo que se tenta alcançar em cada caso. Indocrinar faz referência a uma moral fechada baseada em receitas, que procura deter a capacidade de uma pessoa pensar por si mesma. Educar, por sua vez, baseia-se numa moral aberta baseada na autonomia, que procura incutir a capacidade de pensar, julgar e decidir por si próprio. Indocrinar identifica-se com a palavra latina educare, que significa guiar, conduzir. Por sua vez, educar identifica-se com outra palavra latina muito parecida, mas substancialmente diferente: educere, que significa fazer sair, criar."

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Anti-semitismo

"É por isso que creio agir segundo o espírito do Omnipotente, nosso criador, pois:
Defendendo-me contra o judeu, combato para defender a obra do Senhor."

in Mein Kampf, capítulo 2

terça-feira, 19 de maio de 2009

Oração...

Há três anos atrás foi feito um estudo chamado "Estudo dos Efeitos Terapêuticos da Prece Intercessora" (Study of the Therapeutic Effects of Intercessory Prayer - STEP, em inglês), para tentar avaliar os efeitos na saúde de pessoas pelas quais alguém está a rezar. Se uma pessoas rezar para si própria, o efeito placebo pode entrar em acção. O mesmo acontece quando sabemos que alguém está a rezar por nós. Mas e se não soubermos que estão a rezar por nós? Nesse caso, não podemos falar do efeito placebo, e podemos então tirar algumas conclusões. Foi isso que o estudo tentou fazer, usando pacientes a recuperar de uma operação ao coração.

O teste foi feito em 6 hospitais, e em 1802 pacientes: 604 pacientes receberam orações, depois de informados que poderiam ou não recebê-las (grupo 1); 597 pacientes não receberam orações, depois de terem sido informados que poderiam ou não recebê-las (grupo 2); por fim, 601 pacientes receberam orações, depois de terem sido informados de que as iriam receber.
Todos os pacientes eram cristãos, e todas as orações eram iguais, e individualizadas (pediam a recuperação de uma pessoa em especial).

Ocorreram complicações em 52% dos pacientes do grupo 1 (receberam orações, mas não sabiam), em 51% dos do grupo 2 (não receberam orações, mas não sabiam), e em 59 % dos do grupo 3 (receberam orações e sabiam)...
Portanto... não existe diferença entre o grupo 1 e o grupo 2: a oração não tem efeitos na recuperação dos pacientes; e o grupo 3 teve mais complicações que o grupo 1: os pacientes que sabiam que alguém estava a rezar por eles tiveram mais complicações (embora uma diferença não muito grande).