Jo Yeates, uma arquiteta de 25 anos foi assassinada a 27 de dezembro de 2010. O autor do crime foi Vincent Tabak,de 33 anos. Tabak não se deu como culpado, mas confessou o crime a Peter Brotherton, o Capelão voluntário da prisão Long Lartin em Worcestershire. Brotherton contou ao tribunal que Tabak lhe confidenciou o crime e que se mostrou arrependido.
Até aqui, tudo bem.
Mas depois vemos isto:
«O Sr. Brotherton disse que decidiu não manter secreta a informação porque Tabak não é religioso»!
Resumindo...
Brotherton contou porque Tabak não é religioso. Ipso Facto, se Tabak fosse religioso, Brotherton não contava!
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
Perfeito!!!
Como tratar uma doença que não existe? Com um medicamento que não existe...
Na Alemanha, os Doutores Católicos estão a «tratar» a homossexualidade com «medicamentos» homeopáticos!
Na Alemanha, os Doutores Católicos estão a «tratar» a homossexualidade com «medicamentos» homeopáticos!
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terça-feira, 19 de abril de 2011
Piss Christ Destruído...
Qualquer obra de arte deve viver envolta em polémica. E sendo acima de tudo uma forma de expressão, a arte deve ser exercida livremente.
Em 2001 os talibans destruíram os Budas de Bamiyan por os considerarem ídolos. Num acto menos ousado, um grupo de cristãos destruiu este domingo, numa exposição em França, a obra de Andres Serrano, Piss Christ!
Mais uma vez, a religião a mostrar os seus dentes. E desta vez não foram os radicais islâmicos, mas sim os inexistentes radicais cristãos!
Em 2001 os talibans destruíram os Budas de Bamiyan por os considerarem ídolos. Num acto menos ousado, um grupo de cristãos destruiu este domingo, numa exposição em França, a obra de Andres Serrano, Piss Christ!
Mais uma vez, a religião a mostrar os seus dentes. E desta vez não foram os radicais islâmicos, mas sim os inexistentes radicais cristãos!
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Ordenação de mulheres!
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, esclareceu hoje que a ordenação de mulheres é um crime grave, situando-o na mesma categoria que a cisma, a heresia, a apostasia e... o abuso sexual de menores!
Ou eles acham que o abuso de menores não é muito grave, ou então a sua misoginia não tem limites...
Ou eles acham que o abuso de menores não é muito grave, ou então a sua misoginia não tem limites...
______________________________
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Morreu José Saramago!
Foi Nobel da literatura há 12 anos, e vivia em Espanha depois de o estado social democrata português, pela mão de Sousa Lara¹, não ter permitido que o seu livro "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" concorresse ao Prémio Europeu de Literatura por «desunir o povo português» e ser «ofensivo para os valores cristãos». Ultimamente é mais lembrado pelas criticas ao deus cristão feitas no seu livro "Caim".
Vai ser lembrado como grande escritor, e o segundo português a receber um prémio Nobel.
José Saramago morreu hoje às 12:45 em Lanzarote.
¹
Em relação ao livro "Caim", disse: «é lamentável que o senhor politicamente incorrecto [José Saramago] brinque com coisas sérias», e que o que Saramago diz sobre a bíblia «é abandalhar demais uma coisa que é sagrada para tanta gente.»
Suponho que o Sr. Lara não coma carne de vaca...
Vai ser lembrado como grande escritor, e o segundo português a receber um prémio Nobel.
José Saramago morreu hoje às 12:45 em Lanzarote.
¹
Em relação ao livro "Caim", disse: «é lamentável que o senhor politicamente incorrecto [José Saramago] brinque com coisas sérias», e que o que Saramago diz sobre a bíblia «é abandalhar demais uma coisa que é sagrada para tanta gente.»
Suponho que o Sr. Lara não coma carne de vaca...
quarta-feira, 2 de junho de 2010
De quem é a culpa?
Uma rapariga de 15 anos foi obrigada a pedir desculpa em público, perante toda a congregação de uma igreja norte americana. Pedir desculpa porquê? Porque foi violada por um membro da comunidade!
Tina Anderson tem agora 28 anos e conta-nos: «Disseram-me que para ser uma boa cristã, tinha de perdoar, esquecer e seguir com a minha vida». Disseram-lhe também que «um bom cristão não apresenta queixas contra outro bom cristão».
Mas o pastor não ficou por aqui, chegando a dizer-lhe que «[o violador] tinha 99 porcento de responsabilidade, mas ela tinha de confessar o seu 1 porcento de culpa na situação»! Disse-lhe também que «ela tinha sorte em não viver nos tempos do antigo testamento, senão seria apedrejada até à morte»...
Tina Anderson tem agora 28 anos e conta-nos: «Disseram-me que para ser uma boa cristã, tinha de perdoar, esquecer e seguir com a minha vida». Disseram-lhe também que «um bom cristão não apresenta queixas contra outro bom cristão».
Mas o pastor não ficou por aqui, chegando a dizer-lhe que «[o violador] tinha 99 porcento de responsabilidade, mas ela tinha de confessar o seu 1 porcento de culpa na situação»! Disse-lhe também que «ela tinha sorte em não viver nos tempos do antigo testamento, senão seria apedrejada até à morte»...
sexta-feira, 23 de abril de 2010
A culpa é da pornografia!
Bispo Mexicano Felipe Arizmendi:
«Se há pornografia na televisão, na Internet e em tantos outros media, é muito difícil permanecer puro e casto.»
«Com tamanha invasão do erotismo, às vezes é difícil permanecer celibatário ou respeitar as crianças».
Por causa do erotismo é difícil respeitar as crianças??? Sim, se fores DOENTE!
Pelo menos este não acha que a culpa é das crianças...
Veja a notícia aqui!
«Se há pornografia na televisão, na Internet e em tantos outros media, é muito difícil permanecer puro e casto.»
«Com tamanha invasão do erotismo, às vezes é difícil permanecer celibatário ou respeitar as crianças».
Por causa do erotismo é difícil respeitar as crianças??? Sim, se fores DOENTE!
Pelo menos este não acha que a culpa é das crianças...
Veja a notícia aqui!
domingo, 11 de abril de 2010
Bento pouco bento
A Associated Press revelou uma carta assinada em 1985, pelo então líder da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Joseph Ratzinger, e dirigida ao bispo John S. Cummins de Oakland (Califórnia, EUA), na qual o actual Papa se mostra preocupado com o bem da igreja, e por isso não afasta de imediato a padre e pedófilo Stephen Kiesle. De notar que Kiesle já tinha sido condenado em 1978 a 3 anos de provação por conduta lasciva com adolescentes em S. Francisco.
Pode ler-se na TSF:
«Uma série de cartas tornadas públicas sexta-feira pelo advogado Jeff Anderson descreve "as liberdades sexuais" do padre Stephen Kiesle, em 1978, com "seis adolescentes entre os 11 e os 13 anos", fatos reconhecidos pelo interessado perante a justiça, segundo indicou Anderson, advogado das vítimas.
Ao seu pedido, o padre Kiesle pediu para ser afastado, um pedido transmitido ao Vaticano pelo bispo de Oakland, John Cummins, em 1981.
O Vaticano respondeu ao bispo indicando que desejava obter informações suplementares sobre a questão.
As informações foram enviadas por John Cummins em Fevereiro de 1982 ao cardeal Joseph Ratzinger, futuro Bento XVI, então líder da Congregação para a doutrina da fé.
Na sua carta Cummins referiu estar convencido de que afastar o padre Kiesle "não provocaria um escândalo", acrescentando: "seria um escândalo maior para a comunidade se o padre Kiesle regressasse ao seu ministério".
Apesar dos pedidos repetidos da diocese de Oakland, foi necessário esperar até 6 de Novembro de 1985 para que Joseph Ratzinger respondesse a John Cummings.
Na resposta*, redigida em latim, o cardeal reconheceu "a gravidade" da situação, mas mostrou-se reticente em tomar uma decisão imediata, preocupado com o efeito que poderia ter sobre "o bem da Igreja Universal".
Para o futuro papa, o assunto devia ser alvo de "uma atenção específica, que necessita de muito tempo".
Quando leu a carta, o padre George Mockel, da diocese de Oakland, considerou que o Vaticano "ia adiar a questão até que Steve (Kiesle) ficasse mais velho".
"Penso que isso é deplorável", disse Mockel.
O padre Kiesle foi finalmente afastado em 1987.»
Kiesle foi finalmente julgado e condenado a 6 anos de prisão em 2004, depois de confessar ter abuso de uma menor em 1995 (!).
Um porta-voz do Vaticano disse que a carta fazia parte de uma longa troca de correspondência entre Roma e a Califórnia, e que não pode ser interpretada retirada do contexto original (???).
Pode ler a notícia também na BBC.
* Uma tradução para inglês, feita pela Associated Press, pode ler-se aqui.
Pode ler-se na TSF:
«Uma série de cartas tornadas públicas sexta-feira pelo advogado Jeff Anderson descreve "as liberdades sexuais" do padre Stephen Kiesle, em 1978, com "seis adolescentes entre os 11 e os 13 anos", fatos reconhecidos pelo interessado perante a justiça, segundo indicou Anderson, advogado das vítimas.
Ao seu pedido, o padre Kiesle pediu para ser afastado, um pedido transmitido ao Vaticano pelo bispo de Oakland, John Cummins, em 1981.
O Vaticano respondeu ao bispo indicando que desejava obter informações suplementares sobre a questão.
As informações foram enviadas por John Cummins em Fevereiro de 1982 ao cardeal Joseph Ratzinger, futuro Bento XVI, então líder da Congregação para a doutrina da fé.
Na sua carta Cummins referiu estar convencido de que afastar o padre Kiesle "não provocaria um escândalo", acrescentando: "seria um escândalo maior para a comunidade se o padre Kiesle regressasse ao seu ministério".
Apesar dos pedidos repetidos da diocese de Oakland, foi necessário esperar até 6 de Novembro de 1985 para que Joseph Ratzinger respondesse a John Cummings.
Na resposta*, redigida em latim, o cardeal reconheceu "a gravidade" da situação, mas mostrou-se reticente em tomar uma decisão imediata, preocupado com o efeito que poderia ter sobre "o bem da Igreja Universal".
Para o futuro papa, o assunto devia ser alvo de "uma atenção específica, que necessita de muito tempo".
Quando leu a carta, o padre George Mockel, da diocese de Oakland, considerou que o Vaticano "ia adiar a questão até que Steve (Kiesle) ficasse mais velho".
"Penso que isso é deplorável", disse Mockel.
O padre Kiesle foi finalmente afastado em 1987.»
Kiesle foi finalmente julgado e condenado a 6 anos de prisão em 2004, depois de confessar ter abuso de uma menor em 1995 (!).
Um porta-voz do Vaticano disse que a carta fazia parte de uma longa troca de correspondência entre Roma e a Califórnia, e que não pode ser interpretada retirada do contexto original (???).
Pode ler a notícia também na BBC.
* Uma tradução para inglês, feita pela Associated Press, pode ler-se aqui.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Essas crianças malvadas...
O Bispo de Tenerife acha que algumas das crianças abusadas por padres não são vítimas, mas sim culpadas pelo crime:
"há crianças de 13 anos que querem ser abusadas, e se nos descuidamos, elas provocam-nos."
Ver a notícia aqui.
"há crianças de 13 anos que querem ser abusadas, e se nos descuidamos, elas provocam-nos."
Ver a notícia aqui.
terça-feira, 6 de abril de 2010
domingo, 28 de março de 2010
D. Teodoro e a pedofilia!
«O antigo bispo do Funchal, D. Teodoro de Faria, considera "um exagero" as críticas feitas à Igreja por causa dos casos de pedofilia, alegando que "todas as classes têm defeitos deste género". "Se formos ver em proporção, a Igreja é a que tem menos, se bem que tenha maior responsabilidade", justificou, em declarações à agência Lusa».
in Diário de Notícias, edição online de 28/03/2010.
Todos os crimes de pedofilia são ofensas graves à vida de crianças inocentes e os praticantes devem ser punidos e tratados. No caso dos crimes praticados pelo clero, as vítimas são, na sua maioria, crianças do sexo masculino, e, segundo a Sociedade Americana de Psiquiatria, "A evolução [da pedofilia] é habitualmente crónica, especialmente no caso dos sujeitos que se sentem atraídos por rapazes. A taxa de recidiva para sujeitos com Pedofilia com preferência pelo mesmo sexo é cerca de 2 vezes superior à dos sujeitos que preferem o sexo oposto." in DSM-IV-TR, 4º Edição, pág. 571
Mas o que revolta as pessoas quando se fala na prática de pedofilia por parte de membros da igreja, é o facto de a própria igreja ter escondido esses mesmos abusos, e com isso promovido a sua continuação, ao invés de entregar os criminosos à justiça civil. Qualquer pessoa que esconda crimes de abuso sexual está a ser conivente com um crime horrendo, e deve ser julgada por isso.
in Diário de Notícias, edição online de 28/03/2010.
Todos os crimes de pedofilia são ofensas graves à vida de crianças inocentes e os praticantes devem ser punidos e tratados. No caso dos crimes praticados pelo clero, as vítimas são, na sua maioria, crianças do sexo masculino, e, segundo a Sociedade Americana de Psiquiatria, "A evolução [da pedofilia] é habitualmente crónica, especialmente no caso dos sujeitos que se sentem atraídos por rapazes. A taxa de recidiva para sujeitos com Pedofilia com preferência pelo mesmo sexo é cerca de 2 vezes superior à dos sujeitos que preferem o sexo oposto." in DSM-IV-TR, 4º Edição, pág. 571
Mas o que revolta as pessoas quando se fala na prática de pedofilia por parte de membros da igreja, é o facto de a própria igreja ter escondido esses mesmos abusos, e com isso promovido a sua continuação, ao invés de entregar os criminosos à justiça civil. Qualquer pessoa que esconda crimes de abuso sexual está a ser conivente com um crime horrendo, e deve ser julgada por isso.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Andará o D. António Policarpo confuso?...
D. José Policarpo diz que a Igreja jamais aceitará que se chame casamento à união entre pessoas do mesmo sexo!
Pois claro, a igreja fará como entender. Eu só não sabia que a Igreja estava a pensar permitir uniões do mesmo sexo dentro da sua comunidade... Será que anda??? Pois, não me parece... Mas então, de que estará o D. Policarpo a falar? Será do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo? A Igreja não quer chamar casamento ao casamento entre pessoas do mesmo sexo? Será isso? Bom, desde que se limitem a falar uns com os outros, não me parece que isso venha a causar qualquer problema. Por mim até podem deixar completamente de falar português, e começar a falar em latim! Quanto ao resto de nós, e quando se reportarem ao estado laico português, vão ter de falar e usar o nosso vocabulário.
Já agora, aqui fica uma ajuda (tente encontrar a referência à orientação sexual...):
casamento
(casar + -mento)
s. m.
1. Acto ou efeito de casar.
2. Contrato de união ou vínculo entre duas pessoas que institui deveres conjugais.
3. Cerimónia ou ritual que efectiva esse contrato ou união.
4. Fig. União, associação, vínculo.
Pois claro, a igreja fará como entender. Eu só não sabia que a Igreja estava a pensar permitir uniões do mesmo sexo dentro da sua comunidade... Será que anda??? Pois, não me parece... Mas então, de que estará o D. Policarpo a falar? Será do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo? A Igreja não quer chamar casamento ao casamento entre pessoas do mesmo sexo? Será isso? Bom, desde que se limitem a falar uns com os outros, não me parece que isso venha a causar qualquer problema. Por mim até podem deixar completamente de falar português, e começar a falar em latim! Quanto ao resto de nós, e quando se reportarem ao estado laico português, vão ter de falar e usar o nosso vocabulário.
Já agora, aqui fica uma ajuda (tente encontrar a referência à orientação sexual...):
casamento
(casar + -mento)
s. m.
1. Acto ou efeito de casar.
2. Contrato de união ou vínculo entre duas pessoas que institui deveres conjugais.
3. Cerimónia ou ritual que efectiva esse contrato ou união.
4. Fig. União, associação, vínculo.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
O casamento do Dr. Diogo Freitas do Amaral
No artigo publicado na revista Visão nº879, nas páginas 38 e 39, o Dr. Diogo Freitas do Amaral esclarece-nos sobre o que é o casamento. Começa muito bem ao dizer que "o facto de a qualificação das uniões homossexuais como «casamento» não existir senão numa escassa dezena de países(...) devia levar-nos a meditar sobre se estamos perante o início de uma evolução irreversível, ou apenas diante de uma moda passageira". Estou de acordo, embora tenha quase a certeza que depois do mesmo tempo de meditação, chegaremos a conclusões diferentes.
Um pouco mais à frente no artigo tenta reforçar o peso do casamento como associado exclusivamente à união de pessoas de sexos opostos, usando a idade como argumento. Não a sua idade, mas a idade do casamento heterossexual: há registos escritos da instituição casamento (heterossexual e monogâmico) desde há mais de cinco mil anos, idade da primeira civilização conhecida (a Suméria). (Não que seja de muita importância, mas as fontes do Dr. Amaral não estão de acordo com as minhas, segundo as quais o homo sapiens existe na região euro-mediterrânica há mais de quarenta mil anos, em oposição com os dez mil anos sustentados pelo Dr. Amaral.) Parece-me que o argumento é: o facto de existir desde sempre, desequilibra a balança para o lado da sua manutenção. O que dizer então da escravatura, cujos registos vão também até à civilização Suméria? Não posso garantir, mas aposto que na altura da sua abolição houve pessoas a esgrimir este mesmo argumento. Estavam certas? Não. Logo, o argumento não é válido.
Diz-nos também o Dr. Amaral que o regime jurídico do casamento “tem sobretudo em vista impor aos pais deveres sérios em relação aos filhos”, deveres esses que devem contribuir para “a sobrevivência da espécie humana”. Em troca desses deveres, o estado garante aos pais alguns direitos. O ser humano nasce indefeso, e precisa de protecção durante os primeiros anos de vida, protecção essa que os pais ficam obrigados a dar aos filhos, quando estão casados. Dito isto, o Dr. Amaral faz um salto de lógica assombroso: as uniões familiares homossexuais “não são idênticas à instituição do «casamento» enquanto tal: não são geradoras de descendência própria nem precisam, portanto, dos direitos de deveres dos pais em relação aos filhos”. Ora, umas linhas atrás o Dr. Amaral diz: “todos sabemos que pode haver procriação sem casamento, assim como casamento sem procriação”. Estou confuso: por um lado existe casamento sem procriação, por outro lado as uniões familiares homossexuais não devem ser consideradas casamento porque não geram descendência... Para além disso, com que direito insinua o Dr. Amaral que o facto de os pais não serem de sexos opostos impossibilita ou prejudica a protecção dos filhos (biológicos ou adoptados)?
No penúltimo parágrafo do artigo o Dr. Amaral tenta usar mais um argumento no mínimo estranho: “se a legalização do «casamento» entre homossexuais é, como se proclama, um factor decisivo de progressismo e modernidade, porque é que ela não foi até hoje aceite, com o nome «casamento», nas grandes democracias europeias”? (ênfase minha). Nem sequer vou comentar.
Um pouco mais à frente no artigo tenta reforçar o peso do casamento como associado exclusivamente à união de pessoas de sexos opostos, usando a idade como argumento. Não a sua idade, mas a idade do casamento heterossexual: há registos escritos da instituição casamento (heterossexual e monogâmico) desde há mais de cinco mil anos, idade da primeira civilização conhecida (a Suméria). (Não que seja de muita importância, mas as fontes do Dr. Amaral não estão de acordo com as minhas, segundo as quais o homo sapiens existe na região euro-mediterrânica há mais de quarenta mil anos, em oposição com os dez mil anos sustentados pelo Dr. Amaral.) Parece-me que o argumento é: o facto de existir desde sempre, desequilibra a balança para o lado da sua manutenção. O que dizer então da escravatura, cujos registos vão também até à civilização Suméria? Não posso garantir, mas aposto que na altura da sua abolição houve pessoas a esgrimir este mesmo argumento. Estavam certas? Não. Logo, o argumento não é válido.
Diz-nos também o Dr. Amaral que o regime jurídico do casamento “tem sobretudo em vista impor aos pais deveres sérios em relação aos filhos”, deveres esses que devem contribuir para “a sobrevivência da espécie humana”. Em troca desses deveres, o estado garante aos pais alguns direitos. O ser humano nasce indefeso, e precisa de protecção durante os primeiros anos de vida, protecção essa que os pais ficam obrigados a dar aos filhos, quando estão casados. Dito isto, o Dr. Amaral faz um salto de lógica assombroso: as uniões familiares homossexuais “não são idênticas à instituição do «casamento» enquanto tal: não são geradoras de descendência própria nem precisam, portanto, dos direitos de deveres dos pais em relação aos filhos”. Ora, umas linhas atrás o Dr. Amaral diz: “todos sabemos que pode haver procriação sem casamento, assim como casamento sem procriação”. Estou confuso: por um lado existe casamento sem procriação, por outro lado as uniões familiares homossexuais não devem ser consideradas casamento porque não geram descendência... Para além disso, com que direito insinua o Dr. Amaral que o facto de os pais não serem de sexos opostos impossibilita ou prejudica a protecção dos filhos (biológicos ou adoptados)?
No penúltimo parágrafo do artigo o Dr. Amaral tenta usar mais um argumento no mínimo estranho: “se a legalização do «casamento» entre homossexuais é, como se proclama, um factor decisivo de progressismo e modernidade, porque é que ela não foi até hoje aceite, com o nome «casamento», nas grandes democracias europeias”? (ênfase minha). Nem sequer vou comentar.
sábado, 26 de setembro de 2009
Alan Turing
Alan Turing foi um matemático brilhante, e uma peça chave na vitória sobre os Nazis na segunda guerra mundial. Foi também importante nos primórdios da computação, e podemos-lhe agradecer termos hoje em nossa casa computadores pessoais. Em 1952 foi condenado a castração química pelo governo inglês, pelo crime de "indecência grosseira" (era homossexual). Passados dois anos, suicidou-se. Este ano, depois de um abaixo assinado a nível mundial (que eu próprio também assinei) o ter exigido, o governo inglês pediu oficialmente desculpas. Só foi pena ter demorado tanto tempo.
Mas... nem toda a gente ficou contente...
Mas... nem toda a gente ficou contente...
sábado, 11 de julho de 2009
Vaticano critica compra de Cristiano Ronaldo!
Eu também acho mal! Tanta pobreza no mundo e pessoas a gastar quase 100.000.000€ na compra de um jogador... É triste. Mas... se há alguém que não pode falar muito é a Igreja: só na nova igreja do Santuário de Fátima gastaram 80.000.000€... Não chegava para comprar o Ronaldo, mas quase! E também se matava a fome a muita gente com esse dinheiro.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Igreja Católica, pouco católica...
Foi publicado nos fins de Maio deste ano o relatório final obtido depois de nove anos de investigação por uma comissão irlandesa sobre décadas de violações, humilhações e espancamentos de menores em instituições ligadas à igreja, na Irlanda. O relatório de 2600 páginas revela detalhadamente os abusos sofridos pelas crianças e também que o Vaticano tinha conhecimento dos mesmos desde 1930. Foram ouvidas cerca de três mil e duzentas testemunhas, e segundo apurou a comissão, cerca de 35 mil crianças foram vítimas de abusos (duas mil das quais confessaram ter sofrido abusos físicos e sexuais, embora é quase certo que o número de pessoas que confessou seja inferior ao número das que realmente sofreram abusos). "As crianças viviam com o temor diário de não saberem de onde poderia vir o próximo espancamento", diz a comissão. Centenas de testemunhas afirmam terem sido espancadas em todas as partes do corpo, e forçadas a despirem-se em público. As vítimas de abuso, que agora têm entre 50 a 80 anos lamentam que no relatório falte o nome daqueles que cometeram os abusos. Christine Buckley, de 62 anos disse: "Acredito genuinamente que seria um passo importante na nossa recuperação se aqueles que abusaram de nós fossem identificados e fossem envergonhados". A maioria das pessoas ligadas à Igreja católica lamenta o facto, e assume a responsabilidade da igreja. A única reacção oficial do Vaticano veio pela voz do cardeal espanhol Antonio Canizares, que lamenta o sucedido, mas tenta desviar as atenções para outro lado: "O que se passou em algumas escolas não se pode comparar com os milhões de vidas que foram destruídas pelo aborto. Ele (o aborto) já destruiu legalmente 40 milhões de vidas humanas". Ok... mas o que é que isso tem a ver com o abuso de menores? Shame on you...
Para saber mais: Children exposed to 'daily terror' in institutions, Abortion worse than child abuse, says Vatican figure.
Para saber mais: Children exposed to 'daily terror' in institutions, Abortion worse than child abuse, says Vatican figure.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
Ai Bento, Bento...
Hoje comprei o jornal! Não é que eu não costume ler jornais, leio regularmente na internet, mas a capa do jornal de hoje deixou-me curioso: que justificação poderia levar alguém a dizer que a "tragédia da sida não pode ser resolvida só com dinheiro, nem pode ser resolvida com a distribuição de preservativos, que até pode aumentar o problema" - Papa Bento XVI. Fui procurá-la, mas não foi fácil encontrar a posição oficial da igreja...
Pelo que consegui apurar, a Igreja é contra o uso do preservativo, pois acredita que o único objectivo do acto sexual é a procriação, e o facto de termos relações apenas por prazer, é pecado. Encontrei também uma hipótese para justificar que o preservativo pode aumentar o problema: o uso de preservativo faz aumentar o número de parceiros sexuais, e como o preservativo pode deixar passar o vírus da sida, que é muitas vezes mais pequeno que o espermatozóide, aumenta o número de pessoas que podemos contagiar... Quanto a este argumento, achei por bem aprofundá-lo mais um pouco, e descobri algo de interessante. Os preservativos de qualidade são sujeitos a testes bastante rigorosos. Por exemplo, os preservativos fabricados no Japão, têm de ser, por lei, impermeáveis aos electrões (os preservativos são mergulhados em água, com dois eléctrodos, um no seu interior, e outra fora, se for detectada a mínima corrente entre os eléctrodos, todo o lote é rejeitado. Para quem não percebe o que isto significa, passo a explicar: o vírus da sida é cerca de 500 vezes mais pequeno do que o espermatozóide, o que parece dar razão ao argumento acima. Mas vejamos, o electrão não passa pelo preservativo, e é trinta milhões vezes mais pequeno que o vírus da sida, por isso, se um electrão não passa, o vírus não passa de certeza.
Os únicos problemas que podem ocorrer são de origem humana. Segundo apurei, algumas medidas que podem danificar o preservativo são: uso de lubrificantes à base de óleo, uso de preservativos fora de validade, deixar os preservativos ao sol, ou em locais quentes (como os bolsos), ou apertá-los com as unhas ou dentes, ao tirá-los da embalagem.
Registei também uma opinião que dizia que os seres humanos são os únicos animais que fazem sexo por prazer, e portanto isso é contra-natura. Pois… Não sei se isso é verdade ou não, mas se vamos por aí, então suponho que a Igreja seja contra o consumo de leite na idade adulta…
Posto isto, deixo aqui a minha opinião: sou a favor do uso de preservativo, sou a favor do sexo pré-marital, e sou a favor da prática sexual sem ter como objectivo a reprodução, e duvido que alguém me consiga convencer de que estou errado.
Pelo que consegui apurar, a Igreja é contra o uso do preservativo, pois acredita que o único objectivo do acto sexual é a procriação, e o facto de termos relações apenas por prazer, é pecado. Encontrei também uma hipótese para justificar que o preservativo pode aumentar o problema: o uso de preservativo faz aumentar o número de parceiros sexuais, e como o preservativo pode deixar passar o vírus da sida, que é muitas vezes mais pequeno que o espermatozóide, aumenta o número de pessoas que podemos contagiar... Quanto a este argumento, achei por bem aprofundá-lo mais um pouco, e descobri algo de interessante. Os preservativos de qualidade são sujeitos a testes bastante rigorosos. Por exemplo, os preservativos fabricados no Japão, têm de ser, por lei, impermeáveis aos electrões (os preservativos são mergulhados em água, com dois eléctrodos, um no seu interior, e outra fora, se for detectada a mínima corrente entre os eléctrodos, todo o lote é rejeitado. Para quem não percebe o que isto significa, passo a explicar: o vírus da sida é cerca de 500 vezes mais pequeno do que o espermatozóide, o que parece dar razão ao argumento acima. Mas vejamos, o electrão não passa pelo preservativo, e é trinta milhões vezes mais pequeno que o vírus da sida, por isso, se um electrão não passa, o vírus não passa de certeza.
Os únicos problemas que podem ocorrer são de origem humana. Segundo apurei, algumas medidas que podem danificar o preservativo são: uso de lubrificantes à base de óleo, uso de preservativos fora de validade, deixar os preservativos ao sol, ou em locais quentes (como os bolsos), ou apertá-los com as unhas ou dentes, ao tirá-los da embalagem.
Registei também uma opinião que dizia que os seres humanos são os únicos animais que fazem sexo por prazer, e portanto isso é contra-natura. Pois… Não sei se isso é verdade ou não, mas se vamos por aí, então suponho que a Igreja seja contra o consumo de leite na idade adulta…
Posto isto, deixo aqui a minha opinião: sou a favor do uso de preservativo, sou a favor do sexo pré-marital, e sou a favor da prática sexual sem ter como objectivo a reprodução, e duvido que alguém me consiga convencer de que estou errado.
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