Jo Yeates, uma arquiteta de 25 anos foi assassinada a 27 de dezembro de 2010. O autor do crime foi Vincent Tabak,de 33 anos. Tabak não se deu como culpado, mas confessou o crime a Peter Brotherton, o Capelão voluntário da prisão Long Lartin em Worcestershire. Brotherton contou ao tribunal que Tabak lhe confidenciou o crime e que se mostrou arrependido.
Até aqui, tudo bem.
Mas depois vemos isto:
«O Sr. Brotherton disse que decidiu não manter secreta a informação porque Tabak não é religioso»!
Resumindo...
Brotherton contou porque Tabak não é religioso. Ipso Facto, se Tabak fosse religioso, Brotherton não contava!
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
Piss Christ Destruído...
Qualquer obra de arte deve viver envolta em polémica. E sendo acima de tudo uma forma de expressão, a arte deve ser exercida livremente.
Em 2001 os talibans destruíram os Budas de Bamiyan por os considerarem ídolos. Num acto menos ousado, um grupo de cristãos destruiu este domingo, numa exposição em França, a obra de Andres Serrano, Piss Christ!
Mais uma vez, a religião a mostrar os seus dentes. E desta vez não foram os radicais islâmicos, mas sim os inexistentes radicais cristãos!
Em 2001 os talibans destruíram os Budas de Bamiyan por os considerarem ídolos. Num acto menos ousado, um grupo de cristãos destruiu este domingo, numa exposição em França, a obra de Andres Serrano, Piss Christ!
Mais uma vez, a religião a mostrar os seus dentes. E desta vez não foram os radicais islâmicos, mas sim os inexistentes radicais cristãos!
terça-feira, 15 de março de 2011
Deus e os desastres
A. C. Grayling escreveu um texto onde fala sobre deus e sobre os desastres naturais. Uma tradução desse texto (feita por Luis Grave Rodrigues pode ser lida de seguida:
É com tristeza que todos pensamos nas centenas de milhares de pessoas cujas vidas foram horrivelmente perdidas ou afectadas pelo terramoto e pelo tsunami do Japão, e que marcaram a negro os anais deste ano de 2011, e que vieram logo a seguir ao terramoto que atingiu Christchurch na Nova Zelândia.
Estes acontecimentos, que estão certamente ligados do ponto de vista tectónico, lembram-nos das vastas forças da natureza que, se são normais para o próprio planeta, são já prejudiciais para a vida humana, especialmente para aqueles que vivem perigosamente perto do quebra-cabeças que são as falhas da superfície terrestre.
Alguém me disse que na igreja da sua terra iria haver orações especiais pelas pessoas no Japão. Este comportamento bem-intencionado e fundamentalmente simpático mostra, no entanto, quão absurdas, no sentido literal do termo, são as práticas e as crenças religiosas.
Quando vi na televisão uma reportagem de pessoas a dirigirem-se para a igreja em Christchurch após o trágico terramoto, foram estes pensamentos que me assaltaram.
Não seria simpático da minha parte pensar que aqueles que foram à igreja o foram para dar graças por eles próprios terem escapado pessoalmente; não lhes quero imputar egoísmo e alívio pessoal no meio de um desastre no qual tantas pessoas arbitrária e subitamente perderam as suas vidas por causa de um “acto de Deus”.
Mas se essas pessoas foram rezar para que o seu deus olhe pelas almas daqueles que morreram, por que pensariam elas que esse deus o faria, uma vez que foi ele próprio quem causou, ou permitiu, que os seus corpos fossem súbita e violentamente esmagados ou afogados?
De facto, estariam elas a suplicar e a louvar uma divindade que idealizou um mundo onde existem tantas arbitrárias e súbitas mortes?
Um ser omnisciente conheceria bem todas as implicações daquilo que faz, e por isso saberia também que iria proporcionar estes acontecimentos e todas estas suas horríveis consequências.
Estariam elas a louvar o causador do seu sofrimento, pelo seu sofrimento, e também a suplicar a sua ajuda para escapar àquilo que ele próprio tinha planeado?
Talvez elas pensem que o seu deus não é o responsável pelo terramoto. Mas se elas acreditam que o seu deus idealizou um mundo no qual estas coisas acontecem, mas depois deixou esse mundo sozinho e não intervém mesmo quando ele se torna letal para as suas criaturas, então essas pessoas estão implicitamente a questionar a moralidade do seu carácter.
E se ele não é suficientemente poderoso para fazer alguma coisa sobre a criminosa indiferença do mundo para com os seres humanos, então em que sentido é ele deus?
Pelo contrário, ele parece ser um espírito impotente, para quem é inútil rezar e que é indigno de ser louvado.
Porque se ele não é capaz de impedir um terramoto ou salvar as suas vítimas, então não está qualificado para criar um mundo.
Mas se ele é poderoso o suficiente para ambas as coisas, mas ainda assim cria um mundo perigoso que inflige arbitrariamente sofrimentos violentos e agonizantes a criaturas racionais, então ele é perverso.
De qualquer modo, o que pensam as pessoas que acreditam em tal ser, e vão à igreja para o louvar e adorar?
Como, perante acontecimentos que a bondade e a preocupação humana consideram trágicos e que exigem ajuda – ajuda que são os próprios seres humanas que proporcionam aos seus semelhantes: nunca aparecem anjos vindos do céu para ajudar – podem as pessoas acreditar em tal incoerente ficção, como é a ideia desta divindade?
É com tristeza que todos pensamos nas centenas de milhares de pessoas cujas vidas foram horrivelmente perdidas ou afectadas pelo terramoto e pelo tsunami do Japão, e que marcaram a negro os anais deste ano de 2011, e que vieram logo a seguir ao terramoto que atingiu Christchurch na Nova Zelândia.
Estes acontecimentos, que estão certamente ligados do ponto de vista tectónico, lembram-nos das vastas forças da natureza que, se são normais para o próprio planeta, são já prejudiciais para a vida humana, especialmente para aqueles que vivem perigosamente perto do quebra-cabeças que são as falhas da superfície terrestre.
Alguém me disse que na igreja da sua terra iria haver orações especiais pelas pessoas no Japão. Este comportamento bem-intencionado e fundamentalmente simpático mostra, no entanto, quão absurdas, no sentido literal do termo, são as práticas e as crenças religiosas.
Quando vi na televisão uma reportagem de pessoas a dirigirem-se para a igreja em Christchurch após o trágico terramoto, foram estes pensamentos que me assaltaram.
Não seria simpático da minha parte pensar que aqueles que foram à igreja o foram para dar graças por eles próprios terem escapado pessoalmente; não lhes quero imputar egoísmo e alívio pessoal no meio de um desastre no qual tantas pessoas arbitrária e subitamente perderam as suas vidas por causa de um “acto de Deus”.
Mas se essas pessoas foram rezar para que o seu deus olhe pelas almas daqueles que morreram, por que pensariam elas que esse deus o faria, uma vez que foi ele próprio quem causou, ou permitiu, que os seus corpos fossem súbita e violentamente esmagados ou afogados?
De facto, estariam elas a suplicar e a louvar uma divindade que idealizou um mundo onde existem tantas arbitrárias e súbitas mortes?
Um ser omnisciente conheceria bem todas as implicações daquilo que faz, e por isso saberia também que iria proporcionar estes acontecimentos e todas estas suas horríveis consequências.
Estariam elas a louvar o causador do seu sofrimento, pelo seu sofrimento, e também a suplicar a sua ajuda para escapar àquilo que ele próprio tinha planeado?
Talvez elas pensem que o seu deus não é o responsável pelo terramoto. Mas se elas acreditam que o seu deus idealizou um mundo no qual estas coisas acontecem, mas depois deixou esse mundo sozinho e não intervém mesmo quando ele se torna letal para as suas criaturas, então essas pessoas estão implicitamente a questionar a moralidade do seu carácter.
E se ele não é suficientemente poderoso para fazer alguma coisa sobre a criminosa indiferença do mundo para com os seres humanos, então em que sentido é ele deus?
Pelo contrário, ele parece ser um espírito impotente, para quem é inútil rezar e que é indigno de ser louvado.
Porque se ele não é capaz de impedir um terramoto ou salvar as suas vítimas, então não está qualificado para criar um mundo.
Mas se ele é poderoso o suficiente para ambas as coisas, mas ainda assim cria um mundo perigoso que inflige arbitrariamente sofrimentos violentos e agonizantes a criaturas racionais, então ele é perverso.
De qualquer modo, o que pensam as pessoas que acreditam em tal ser, e vão à igreja para o louvar e adorar?
Como, perante acontecimentos que a bondade e a preocupação humana consideram trágicos e que exigem ajuda – ajuda que são os próprios seres humanas que proporcionam aos seus semelhantes: nunca aparecem anjos vindos do céu para ajudar – podem as pessoas acreditar em tal incoerente ficção, como é a ideia desta divindade?
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Mais um...
O Paquistão tem uma lei anti-blasfémia. A lei prevê prisão perpétua para quem diga mal do Corão, e pena de morte para quem difame ou insulte o profeta Maomé. Um exemplo recente da aplicação dessa lei é o caso de Asia Bibi: em Junho de 2009, Asia Bibi, uma paquistanesa cristã, foi acusada de ter insultado o profeta Maomé durante uma discussão com outros paquistaneses (a sua sentença foi baseada na palavra de testemunhas que a denunciaram a um clérigo muçulmano que por sua vez a denunciou à polícia.) Foi acusada de blasfémia, e condenada à morte por enforcamento. De notar ainda que, no seguimento da discussão que teve, uma multidão enfurecida entrou em sua casa e espancou-a juntamente com a sua família.
No momento está em discussão a alteração dessa lei, mas muita gente não vê essa alteração com bons olhos. Alguns grupos religiosos até entraram em greve como forma de protesto, para tentar que a lei se mantenha tal como está.
Salmaan Taseer, governador da província de Punjab, era um dos defensores da emenda à lei, que previa o aumento das atenuantes e a exclusão da pena de morte. Era, mas já não é: foi morto por um dos seus guarda-costas com 27 tiros de AK-47 no dia 4 de Janeiro.
É a religião no seu lado mais radical, como vai sendo habitual: Salman Rushdie tem a cabeça a prémio por causa do seu livro «Os Versículos Satânicos», Theo Van Gogh foi assassinado à porta de sua casa por causa da sua curta-metragem «Submissão», alguns cartoons publicados em jornais dinamarqueses geraram ondas de violência, clínicas e médicos que realizam interrupções voluntárias da gravidez nos EUA são alvo de ataques à bomba, Ayaan Hirsi Ali vive escondida devido ao seu livro «Infidel», a guerra civil no Sri Lanka, que dura há mais de 15 anos teve origem porque a minoria Hinduísta se sentiu oprimida quando o nome do país deixou de ser Ceilão e passou a ser Sri Lanka (a palavra «Sri» tem uma conotação de sagrado no Budismo, religião da maioria da população), etc.
Não quero com isto dizer que religião é sinónimo de violência, mas sim que a correlação entre elas parece ser bastante elevada (e aposto que a causa para isso seja a adoração dos dogmas.)
No momento está em discussão a alteração dessa lei, mas muita gente não vê essa alteração com bons olhos. Alguns grupos religiosos até entraram em greve como forma de protesto, para tentar que a lei se mantenha tal como está.
Salmaan Taseer, governador da província de Punjab, era um dos defensores da emenda à lei, que previa o aumento das atenuantes e a exclusão da pena de morte. Era, mas já não é: foi morto por um dos seus guarda-costas com 27 tiros de AK-47 no dia 4 de Janeiro.
É a religião no seu lado mais radical, como vai sendo habitual: Salman Rushdie tem a cabeça a prémio por causa do seu livro «Os Versículos Satânicos», Theo Van Gogh foi assassinado à porta de sua casa por causa da sua curta-metragem «Submissão», alguns cartoons publicados em jornais dinamarqueses geraram ondas de violência, clínicas e médicos que realizam interrupções voluntárias da gravidez nos EUA são alvo de ataques à bomba, Ayaan Hirsi Ali vive escondida devido ao seu livro «Infidel», a guerra civil no Sri Lanka, que dura há mais de 15 anos teve origem porque a minoria Hinduísta se sentiu oprimida quando o nome do país deixou de ser Ceilão e passou a ser Sri Lanka (a palavra «Sri» tem uma conotação de sagrado no Budismo, religião da maioria da população), etc.
Não quero com isto dizer que religião é sinónimo de violência, mas sim que a correlação entre elas parece ser bastante elevada (e aposto que a causa para isso seja a adoração dos dogmas.)
sábado, 7 de agosto de 2010
Consistência religiosa.
Quer tentar criar um deus à sua medida?: Do-It-Yourself Deity
Quer descobrir se a sua crença religiosa tem inconsistências?: Battleground God
Quer descobrir se a sua crença religiosa tem inconsistências?: Battleground God
terça-feira, 27 de julho de 2010
Crime!
Alayna Wyland tem 7 meses de idade. Tem um tumor numa das vistas - um hemangioma. Um pai «normal», ao ver crescer algo assim num filho seu, correria para o hospital, mas estes não são pais «normais»... Eles querem curar a sua filha com rezas, jejuns e com ungimentos. Resultado: a bebé foi entregue aos serviços sociais, e os pais foram acusados criminalmente de maus tratos.
Mas há mais um «bónus» na história: a primeira mulher do pai da bebé morreu em 2006 de... cancro da mama, sem nunca ter procurado ajuda médica!
Mas há mais um «bónus» na história: a primeira mulher do pai da bebé morreu em 2006 de... cancro da mama, sem nunca ter procurado ajuda médica!
segunda-feira, 8 de março de 2010
Revelações
Todas as religiões dizem terem sido reveladas, normalmente através de pessoas a que chamam profetas. Mas como podemos saber se uma revelação é uma mensagem de um deus, e não uma alucinação? Uma revelação é uma experiência pessoal. Mesmo que fosse de origem divina, não nos seria possível prová-lo. Normalmente os crentes de uma religião não acreditam nas revelações dos profetas de outras religiões. Quais delas serão mesmo revelações divinas? Para piorar a situação, elas são muitas vezes contraditórias, quer entre religiões, quer dentro da mesma religião.
Mas e se nós tivermos uma revelação? Mesmo que estejamos a ser sinceros, e mesmo que algum deus exista, uma sensação nunca pode servir de prova, quer para nós, quer para qualquer outra pessoa. Uma experiência inspiradora, é uma experiência emocional, acontece no nosso cérebro, e não existe maneira de sabermos se teve ou não origem divina. Então, para quê complicar?
Mas e se nós tivermos uma revelação? Mesmo que estejamos a ser sinceros, e mesmo que algum deus exista, uma sensação nunca pode servir de prova, quer para nós, quer para qualquer outra pessoa. Uma experiência inspiradora, é uma experiência emocional, acontece no nosso cérebro, e não existe maneira de sabermos se teve ou não origem divina. Então, para quê complicar?
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Infidel
Há livros de que gostamos muito, alguns que lemos mais do que uma vez, e alguns que gostaríamos que toda a gente lesse. Eu leio muito, e por isso tenho muitos livros de que gosto muito, alguns que li (ou espero ler) mais de uma vez, e dois ou três que gostaria que toda a gente lesse: por favor, se ainda não o fizeram, leiam este livro: "Infidel - my life" de Ayaan Hirsi Ali (o título em português é "Uma mulher rebelde"). Garanto que não vos vai deixar indiferentes.
O livro conta, na primeira pessoa, a história verídica da política Ayaan Hirsi Ali. Eu gostaria de vos contar pormenores sobre a história, mas perante o dilema: ou conto pormenores de mais, e vou estragar a surpresa; ou não conto nada e deixo-os(as) tirar as suas conclusões - resolvi-me pela segunda solução!
Não é um livro de leitura fácil! Posso-vos dizer que durante a minha leitura do livro houve momentos em que me senti com muita sorte: por ter nascido deste lado do mundo, e por ser homem! Mas foram esses também os momentos em que senti maior angustia... Todos sabemos que não vivemos num mundo perfeito, mas nem todos temos a noção do quão imperfeito ele é... Eu não tinha, pelo menos tão completamente.
Depois de lido o livro, dei comigo a pensar em quantos sub-mundos existem neste nosso "pequeno" mundo, dos quais apenas nos chegam ecos, muitas vezes distorcidos...
Se não acham que têm tempo para ler o livro, têm outra solução, que em alguns aspectos é ainda melhor (para aqueles que entendem inglês): comprem o audiobook lido pela autora, e ouçam-no durante as viagens para o trabalho.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
É preciso ter fé!
Ninguém sabe se é possível existirem deuses. O facto de conseguirmos imaginar algo, não significa que isso seja possível. Podemos imaginar-nos a atravessar uma parede sólida, mas não é por isso que o vamos conseguir fazer. Por isso, o facto de conseguirmos imaginar um deus, não significa que ele possa existir. Por não haver provas para a existência de nenhum deus, qualquer pessoa que diga acreditar em deus tem de fazer alguns saltos de fé, nenhum deles implicando outro, e por isso independentes. Têm de acreditar:
a) na existência de um reino sobrenatural;
b) que existam seres a habitar esse reino;
c) que esses seres tenham consciência;
d) que pelo menos algum desses seres é eterno;
e) que esse ser seja capaz de criar algo a partir do nada;
f) que esse ser seja capaz de interferir com o nosso universo, depois dele criado (milagres);
g) que esse ser seja omnisciente;
h) que esse ser seja omnipotente;
i) que esse ser seja omnipresente;
j) que esse ser seja cheio de amor.
Dependendo do deus em que se acredita, podem ser adicionadas mais algumas linhas. É por isso preciso ter muita fé para acreditar em qualquer deus.
a) na existência de um reino sobrenatural;
b) que existam seres a habitar esse reino;
c) que esses seres tenham consciência;
d) que pelo menos algum desses seres é eterno;
e) que esse ser seja capaz de criar algo a partir do nada;
f) que esse ser seja capaz de interferir com o nosso universo, depois dele criado (milagres);
g) que esse ser seja omnisciente;
h) que esse ser seja omnipotente;
i) que esse ser seja omnipresente;
j) que esse ser seja cheio de amor.
Dependendo do deus em que se acredita, podem ser adicionadas mais algumas linhas. É por isso preciso ter muita fé para acreditar em qualquer deus.
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