Há três anos atrás foi feito um estudo chamado "Estudo dos Efeitos Terapêuticos da Prece Intercessora" (Study of the Therapeutic Effects of Intercessory Prayer - STEP, em inglês), para tentar avaliar os efeitos na saúde de pessoas pelas quais alguém está a rezar. Se uma pessoas rezar para si própria, o efeito placebo pode entrar em acção. O mesmo acontece quando sabemos que alguém está a rezar por nós. Mas e se não soubermos que estão a rezar por nós? Nesse caso, não podemos falar do efeito placebo, e podemos então tirar algumas conclusões. Foi isso que o estudo tentou fazer, usando pacientes a recuperar de uma operação ao coração.
O teste foi feito em 6 hospitais, e em 1802 pacientes: 604 pacientes receberam orações, depois de informados que poderiam ou não recebê-las (grupo 1); 597 pacientes não receberam orações, depois de terem sido informados que poderiam ou não recebê-las (grupo 2); por fim, 601 pacientes receberam orações, depois de terem sido informados de que as iriam receber.
Todos os pacientes eram cristãos, e todas as orações eram iguais, e individualizadas (pediam a recuperação de uma pessoa em especial).
Ocorreram complicações em 52% dos pacientes do grupo 1 (receberam orações, mas não sabiam), em 51% dos do grupo 2 (não receberam orações, mas não sabiam), e em 59 % dos do grupo 3 (receberam orações e sabiam)...
Portanto... não existe diferença entre o grupo 1 e o grupo 2: a oração não tem efeitos na recuperação dos pacientes; e o grupo 3 teve mais complicações que o grupo 1: os pacientes que sabiam que alguém estava a rezar por eles tiveram mais complicações (embora uma diferença não muito grande).
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